sábado, 24 de novembro de 2007

As crianças e a saúde ambiental


É notória a quantidade crescente de fontes de poluição e perigo ambiental que potencialmente afectam as crianças. Assiste-se também a uma maior tomada de consciência dos impactes de qualidade ambiental na deterioração da saúde da população em geral. Nesse sentido, é de realçar que as crianças têm uma vulnerabilidade muito especial à poluição e os seus padrões específicos de exposição tornam-nas objecto de níveis de exposição elevados.


Apesar da saúde das crianças na Comunidade Europeia segundo a Organização Mundial de Saúde poder ser considerada satisfatória em termos globais, há sinais de aviso que emergem. Estes sinais incluem o reaparecimento de doenças que estiverem sob controle como a tuberculose, o aumento de doenças crónicas como a asma ou alergias. Efeitos adversos na saúde das crianças também derivam do aumento das desigualdades sócio-económicas, das consequências de conflitos armados, do trabalho infantil ou da exploração sexual de menores.


Muitos dos perigos ambientais e da poluição não têm fronteiras. A saúde das crianças em toda a parte está intrinsecamente ligada à saúde ambiental. Assim, a colaboração internacional deve ser apoiada e efectiva nesta matéria. Esta é claramente uma temática que tem de ser abordada mediante uma estratégia multidisciplinar e soluções criativas e eficazes devem ser alcançadas com a coligação de áreas como a medicina, saúde pública ou mesmo economia ou direito. É nossa responsabilidade como sociedade agir no sentido de possibilitar às crianças um crescimento em condições seguras e num ambiente saudável.


Crianças saudáveis crescem tornando-se adultos saudáveis. Não se trata este de um objectivo primordial na sociedade actual?
09/11/2007


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