sábado, 27 de setembro de 2008

Entrevista com a Directora de Curso de Saúde Ambiental da ESTeSC

Cara Directora, começaríamos por solicitar uma palavra de boas vindas aos novos alunos de Saúde Ambiental da ESTeSC?
A Direcção de Saúde Ambiental saúda todos os novos alunos e felicita-vos pela preferência. Começa agora uma nova etapa das vossas vidas. Cheia de conhecimentos, de novos amigos, de novas aventuras…toda uma nova vida de sonhos, expectativas e ambições…
Durante os próximos 4 anos (no mínimo) a ESTeSC vai ser a vossa nova casa, a vossa nova escola. Um local de sorrisos e alguns choros, animação, estudo (muito estudo) e grandes amizades.
Estou convicta que a passagem pela ESTeSC e pela Saúde Ambiental, constituirá um marco importante na vossa vida, não só pelo ambiente académico vivido ao som da Briosa, mas sobretudo pela qualidade do ensino que vos proporcionamos enquanto alunos, para que no final do curso possam estar bem preparados em termos técnico-científicos, de forma a poderem exercer com qualidade a profissão, mas também permitir-lhes ser cidadãos com uma construção moral e ética, para uma intervenção social que possibilite o orgulho pessoal e profissional.

E uma mensagem aos alunos que deixaram/deixam agora esta etapa de formação?
Felicito de forma muito especial os recém licenciados de Saúde Ambiental, lançando-vos o desafio e a responsabilidade de continuarem o que iniciaram aqui, em conjunto com todos os vossos professores, com afirmação e desenvolvimento profissional, sentindo-se orgulhosos pelo curso que têm e pela Escola que vos ajudou a alcançar tal objectivo.
O vosso futuro está nas vossas mãos e será quilo que vocês quiserem e puderem responsavelmente fazer dele. Lembrem-se que não há atalhos para o sucesso, este só se alcança com humildade, honestidade, trabalho e conhecimento.

Que expectativas deposita neste ano, após a intensa “luta” ganha a propósito do “Processo de Bolonha”, com quatro anos de licenciatura?
Em Portugal a evolução do ensino de Saúde Ambiental tem dado importantes saltos qualitativos nos últimos anos, penso que a adequação a Bolonha, constituirá concerteza uma oportunidade para nos afirmarmos e reforçarmos o que temos vindo a conseguir ao longo dos últimos anos, não só em Portugal, mas acima de tudo internacionalmente.
A proposta apresentada de um ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado em Saúde Ambiental, com um total de 240 créditos e uma duração de oito semestres curriculares, fundamentou-se nas seguintes razões:
Razões de natureza científica e técnica ligadas ao modelo de intervenção profissional:
O reforço das competências do Licenciado em Saúde Ambiental, integrado em câmaras municipais, serviços de saúde pública, empresas privadas, estabelecimentos industriais, hoteleiros e hospitalares implicam que os estudantes possam absorver os conhecimentos essenciais no âmbito da Saúde Ambiental ao nível das diversas áreas de intervenção profissional (Saúde Pública, Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho e Ambiente). Desenvolvendo currículos que proporcionem uma adequada formação científica, que permita uma sólida construção de saberes e uma análise reflexiva da intervenção profissional, ampliando os conceitos conducentes à integração da aptidão tecnológica e modelos de intervenção rigorosos assentes na eficácia e na compatibilização do exercício da profissão com o necessário processo de socialização profissional, garantindo uma preparação adequada à evolução das necessidades da sociedade.
Razões de natureza científico-pedagógicas (componente teórico-prática, componente laboratorial, entre outras):
Face às crescentes exigências científicas e técnicas decorrente da área de intervenção do licenciado em Saúde Ambiental, o reforço dos conhecimentos ao nível das ciências e tecnologias revela-se indispensável. Assim o anterior plano de estudos do Curso Bietápico de Licenciatura em Saúde Ambiental encontrava-se desactualizado da realidade, quer ao nível dos grandes objectivos de formação pretendidos, quer ao nível dos conteúdos curriculares.
Razões inerentes à natureza do exercício profissional e a Implementação do Processo de Bolonha:
O modelo de organização curricular apresentado permite identificar e evidenciar as áreas de saberes próprias destes profissionais, designadamente ao nível do perfil de competências. O processo de ensino-aprendizagem centra-se em metodologias pedagógicas baseadas nos princípios do Processo de Bolonha, nomeadamente a diminuição de horas de contacto, a orientação tutorial, trabalho individual do aluno, entre outras.
Face ao conjunto das competências atrás mencionadas que traduzem as crescentes responsabilidades e exigências científicas e técnicas decorrentes da área de intervenção dos licenciados em Saúde Ambiental, o reforço dos conhecimentos ao nível das ciências e das tecnologias, revela-se indispensável, o que faz com que de facto as expectativas a partir de agora sejam maiores e cada vez melhores. Não podemos é querer ficar por aqui, há muitos outros objectivos e projectos pela frente, e outras batalhas para travar, e VENCER.

Como será gerido este processo de equivalências, uma vez que houve alunos que iniciaram o curso pré Bolonha e a meio do mesmo, vêm-se adaptados a outro Plano de Estudos?
O processo de transição da organização tradicional das formações para a organização das mesmas de acordo com a Declaração de Bolonha não é, no essencial, diferente da transição que se faz quando se alteram os planos curriculares de um curso.
Existe um plano de estudo de um curso, com um conjunto de unidades curriculares, as quais vão ter, ou não, equivalência a outro conjunto de unidades curriculares num plano de estudo novo.
A diferença mais importante é que nas anteriores transições curriculares, quando uma unidade curricular não tinha equivalência podia considerar-se mais ou menos perdida - ficava o conhecimento adquirido, mas não certificado. Agora, mesmo que uma determinada unidade curricular deixe de constar de um plano de estudo ela é sempre certificada através do Suplemento ao Diploma, e os créditos que lhe forem atribuídos constituem um valor por si mesmos.
De forma a preparar a adequação dos cursos a Bolonha, a ESTeSC já aprovou o Regulamento, cuja consulta recomendo.
Fundamentalmente o Regulamento aprovado (para todos os cursos da ESTeSC) trata de forma diferenciada os estudantes, consoante o ano do curso em que se encontrem, de modo a garantir que nenhum aluno conclua o seu curso sem que tenha tido oportunidade de adquirir todas as competências indispensáveis para o exercício das profissões para que o curso habilita.

O que pensa do reformulado Plano de Estudos do Curso?
Os antigos planos de estudo em Saúde Ambiental encontravam-se desarticulados da realidade. Esta discrepância entre os grandes objectivos de formação pretendidos e o plano de estudos era manifesta não só, no modelo bietápico para a obtenção da licenciatura, como também nos conteúdos curriculares.
Deste modo, pretende-se com este plano adequado a Bolonha, uma formação abrangente, quer do ponto de vista profissional, quer na formação global e integral do indivíduo, devendo basear-se na atribuição de competências técnicas e científicas, fomentando uma flexibilidade intelectual que lhe permita desenvolver novas aptidões em novos contextos de intervenção.
Para além das razões já apontadas, do ponto de vista pedagógico, este tipo de organização curricular (240 ECTS/8 semestres) justificou-se, ainda:
Porque a estrutura de cada unidade curricular/área científica determina a escolha e organização dos conteúdos e métodos de ensino-aprendizagem;
Porque as unidades curriculares/áreas científicas fundamentais necessitam de matrizes teórico/prática e prática suficientemente desenvolvidas e com novas metodologias de ensino;
Porque a aprendizagem em contexto real de trabalho deve capacitar o futuro licenciado em Saúde Ambiental com conhecimentos, competências e atitudes, respondendo ao perfil deste Técnico, e à sua necessidade de integração em equipas multidisciplinares;
O plano de estudos adequado a Bolonha, valoriza especialmente a formação que visa o exercício de uma actividade de carácter profissional, assegurando aos estudantes uma componente de aplicação dos conhecimentos e saberes adquiridos às actividades concretas do respectivo perfil profissional.
Em síntese, este modelo de organização curricular, permite identificar e evidenciar as áreas de saberes próprias destes profissionais, designadamente ao nível do saber-saber, saber-fazer e saber-ser.

Como analisa os restantes Planos de Estudo das Escolas congéneres?
Aderir à Declaração de Bolonha não significa retirar um ou dois anos aos cursos de licenciatura que tínhamos, ou transformar os antigos bacharelatos em licenciaturas e as licenciaturas em mestrados. Antes pelo contrário!
O Processo de Bolonha significa reorganizar o processo formativo em torno de novos valores: as competências e não só os conteúdos, as aprendizagens e não simplesmente o ensino, a participação e o envolvimento de todos os agentes implicados e não apenas a participação de professores nas aulas e de estudantes no estudo e nos exames.
As ferramentas desenvolvidas, ECTS e Suplemento ao Diploma, também farão com que se encare a formação obtida num sentido diferente: a preocupação com o grau académico, o título, será substituída pela preocupação com os conhecimentos e as competências obtidas, verdadeiras razões de ser dos processos de ensino/aprendizagem.
Lamentavelmente existiram escolas que optaram por 3 anos de formação em vez dos 4 anos, no entanto, o tempo encarregar-se-á, a meu ver, de lhes mostrar que essa não foi concerteza a melhor opção. A nossa história revela a preocupação de investir numa formação de base generalista que promova o desenvolvimento cultural, pessoal, social e ético dos estudantes, que lhes proporcione os fundamentos científicos para o exercício de uma actividade multifacetada que se desenvolve em diferentes contextos sociais, a par com um forte investimento no desenvolvimento da Saúde Ambiental. Assim, considero que só com 4 anos de formação é que somos uma referência no contexto português e europeu no que diz respeito à coerência e qualidade que se tem conseguido impor na formação Superior em Saúde Ambiental.

Enquanto directora de curso, qual a sua missão para o curso?
Os Directores de Curso têm por missão assegurar que o funcionamento do curso desenvolve as competências definidas para o curso, cumprindo os objectivos de formação, através da relevância e actualidade dos conteúdos que ministra, da adequação da organização curricular e dos processos didáctico/pedagógicos aos alunos que capta, dos meios humanos e equipamentos que mobiliza e da qualidade e número de candidatos que consegue atrair.
O ingresso no curso de Saúde Ambiental inaugura certamente uma nova fase da vida, tanto a nível pessoal como a nível académico. Esta opção traduz uma grande responsabilidade tanto para os alunos, como para o corpo docente. Inicia-se, por conseguinte, um caminho que deverá culminar com a aquisição de um novo estatuto e que permitirá aos futuros diplomados desempenhar um papel útil e construtivo. A obtenção de um diploma não é um fim em si.
Acreditamos que o tipo de formação adquirida, o grau de preparação para enfrentar a vida activa e a capacidade de resolução dos problemas concretos das entidades empregadoras são outros factores fundamentais no percurso.
A nossa preocupação constante é a de incentivar todos os alunos a mostrarem um espírito empreendedor e de livre iniciativa, mobilizando, para o efeito, meios técnicos e pedagógicos para que sintam que o caminho deles é o nosso também. Quero, finalmente, desejar-vos um óptimo ano naquele que, a partir de agora, é o vosso curso.

Teria voltado a entrar no curso de Saúde Ambiental se pudesse voltar atrás?
Claro que sim!!! Ingressei no curso há 16 anos (tantos…), em 1992, na altura não sabia muito bem o que era isso de “Higiene e Saúde Ambiental”, no entanto a palavra “ambiente” significava para mim acima de tudo natureza, floresta, ar, água, terra, enfim.., logo, sinónimos que me fascinavam…Hoje sei que tirei um curso que me realizou muito enquanto Técnica de Saúde Ambiental e imenso enquanto docente de Saúde Ambiental. Os desafios/obstáculos com os quais me deparei na minha vida profissional nem sempre foram fáceis de ultrapassar, mas hoje olhando para trás, é com grande orgulho que digo e afirmo voltaria a tirar este curso. Mais, neste momento existe a agravante que este plano de estudos adequado a Bolonha é muito mais atractivo e adaptado ao que é o conteúdo funcional do Técnico de Saúde Ambiental ou seja, está muito melhor (quase que me atrevo a dizer: agora é que devia ingressar).

Entrevista com a Professora Adjunta e Directora do Curso de Saúde Ambiental da ESTeSC,
Prof.ª Ana Ferreira

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Programa de Gestão e Avaliação de Riscos no Trabalho - Gestriscos 2

Apresentamos a nova versão do GestRiscos, o programa que permite a identificação, gestão e avaliação de riscos no trabalho recorrendo aos princípios enunciados na norma BS8800:96.

Para alem das funcionalidades existentes na versão anterior, que permitem classificar o potencial acidente em função da probabilidade de causar dano e da consequencia desse dano, obtendo um nível de risco utilizado para definir prioridades de intervenção.

Esta versão permite a impressão de relatório de avaliação de riscos, a impressão da representação grafica do nivel de risco existente e a exportação para o Excel. E já é totalmente compativel com o Windows Vista.

Julgamos que será uma ferramenta útil no dia a dia dos profissionais de Segurança e Higiene do Trabalho, pelo que deixamos o link para o seu download, contudo para a sua validação terá que ser pago uma contribuição minima de 20€.

Notas: 1- O programa esta com a extensão .zip.jpg para poder ser descarregado a partir deste local. Após Download mudar o nome para gestriscos2.zip2- Os dados que aparecem ao executar o programa foram inseridos aleatóriamente ,como teste, por isso podem ser completamente removidos
Fonte: Rui Pinho

domingo, 14 de setembro de 2008

Média de Saúde Ambiental volta a subir!

Pelo segundo ano consecutivo a média no curso de Saúde Ambiental voltou a subir, sendo que este ano a média de ingresso na primeira fase em Saúde Ambiental em Coimbra fixou-se pelos 146,8 valores.

Relativamente aos candidatos que colocaram a opção de Saúde Ambiental numa das seis possíveis desceu de 383, do ano transacto, para 229 no presente ano. Destes 14 colocaram o curso de Coimbra como primeira opção.

O curso de Coimbra teve média de ingresso superior (146,8) face às congéneres escolas do Porto e Lisboa sendo que estas tiveram como média de entrada 135,5 e Beja ficou-se pelos 107,8.

Recorda-se que o curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra desenvolveu ao longo do último ano diversas iniciativas que projectaram regionalmente o curso.

Resta-nos desejar as boas vindas aos novos caloiros de Saúde Ambiental e que aproveitem estes 4 anos magníficos para a sua formação académica e pessoal nesta magnifica cidade que é Coimbra, lembrando os mesmos que vão iniciar um novo ciclo com a entrada em vigor do Processo de Bolonha e um plano de estudos reformulado de 4 anos com licenciatura de raíz.

Nelson Sá

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Sara Costa parte para Bristol (Inglaterra)!

A nossa colega Sara Costa, licenciada em Saúde Ambiental pela Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Coimbra, residente em Aveiro, parte no próximo dia 6 de Setembro para Bristol (Inglaterra) no âmbito do projecto LEOWORK - Learning in Europe Organizations to Work (Aprender na Europa em Contexto Empresarial) que foi aprovado no âmbito do Programa Leonardo Da Vinci.

Sara Costa tem 23 anos, estava integrada num contexto de estágio profissional na CACIA (Renault) em Aveiro neste último ano exercendo funções de Técnica Superior de Segurança e Higiene no Trabalho e Técnica Ambiental e parte agora para desenvolver trabalho numa unidade de investigação da Universidade de Bristol em Sistemas de Refrigeração de Alimentos pelo período de 6 meses (http://www.frperc.bris.ac.uk/).
Estamos certos que será uma experiência a todos os níveis enriquecedora e que certamente poderá desenvolver os conhecimentos adquiridos durante a sua formação.

O Blog SA07 deseja as maiores felicidades nesta aventura por Terras de Sua Majestade, com a certeza porém, que dignificará o nosso País.

Um beijinho de Boa Sorte para a Sara e para os restantes um incentivo para explorarem novos horizontes.

Portugal 1º da Europa com menores emissões de CO2 nos automóveis novos vendidos em 2007

Portugal é no quadro dos 18 países da União Europeia com dados disponíveis sobre as emissões de CO2 nos veículos automóveis novos vendidos em 2007 aquele com menor valor médio – 143 g/km, seguido pela Itália com 146 g/km.

Tal prende-se com o facto de os portugueses face ao seu poder de compra serem muito sensíveis ao preço do veículo e ao seu consumo de combustível. Os portugueses adquirirem assim veículos automóveis novos mais pequenos, de baixa cilindrada e com menores emissões. Mais ainda, as regras do Imposto sobre Veículos e do Imposto Único de Circulação ponderam em 60% a componente de emissões de CO2 reduzindo assim a carga fiscal dos veículos menos poluidores.
Francisco Ferreira, Vice-Presidente da Quercus disse: “Os dados de Portugal em comparação com o resto da Europa são animadores no combate às emissões de gases de efeito de estufa causadores das alterações climáticas. Porém, esperava-se mesmo assim uma melhoria mais significativa entre a frota automóvel nova de 2006 e de 2007 com a entrada em vigor das novas regras do imposto automóvel. Portugal em termos de emissões médias de novos veículos apenas melhorou 0,5%, correspondendo a 1g CO2/km. Pena é que Portugal com uma frota automóvel nova eficiente a esteja a renovar tão lentamente e que os portugueses usem demasiado o carro nas deslocações casa-trabalho.”
Em suma, Portugal mantém-se como país europeu com frota automóvel nova mais eficiente!
Fonte: Quercus